PORQUE HOJE É DIA DAS CRIANÇAS
Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele! (Provérbios 22:6)
Que as crianças precisam de regras e limites, isso é bem claro. Mas o que aflige muitos pais é saber como fazer para que seus filhos obedeçam a essas orientações. Em resumo: como exercer a autoridade paterna e materna e como conquistar o respeito dos filhos. Em primeiro lugar, é preciso fazer uma distinção: ter autoridade é bem diferente de ser autoritário.
O pai ou a mãe autoritários
são aqueles que só conseguem que suas ordens sejam obedecidas por meio da
repressão, das ameaças e até pelo uso da violência física ou verbal. Quem age
assim pode até conseguir que o filho obedeça naquele momento uma ordem. Mas não
estará educando: nada garante que a criança entenda porque precisa seguir
aquela regra e continue obedecendo quando os pais não estiverem por perto. Os
pais que têm autoridade são aqueles que estabelecem combinados com os filhos e
têm persistência para cobrar que eles sejam cumpridos, estabelecendo e
aplicando consequências quando a criança quebra as regras. Veja as dicas dos
especialistas para se fazer respeitar:
1.
É de pequenino que se torce o pepino:
Regras, limites e
responsabilidades devem ser dados às crianças desde bem pequenas. "É
preciso começar na primeira infância. Quanto mais tarde os pais deixam para
começar a aplicar regras e dar limites, mais difícil é conseguir que as crianças
obedeçam", diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp). Desde os dois ou três anos as crianças já podem aprender
tarefas como guardar seus próprios brinquedos depois de usá-los.
2.
Se amigo, mas não deixe de ser pai ou mãe:
Você pode e deve ser amigo
de seu filho, ouvir suas confidências, ser companheiro. Mas isso não significa
que deve abrir mão de sua autoridade com ele. "Ser pai-amigo é diferente
de ser apenas um amigo, alguém que está de igual para igual com a criança, que
é um de seus pares. Pai-amigo é aquele que acolhe, mas que coloca limites
também", diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp).
3.
Não seja autoritário, mas dê limites:
"Educar é uma tarefa
muito difícil, mas é fácil criar alguém propenso a ser um delinquente: basta
ser muito autoritário ou não dar limite nenhum", diz a psicóloga clínica
Rosana Augone, que há 27 anos presta serviços e dá palestras em escolas. Ser
autoritário é se fazer obedecer por meio de ameaças, gritos ou violência. Isso
não educa a criança. "Mas muitos pais, com medo de serem autoritários,
acabam fazendo exatamente o contrário: não colocam quaisquer limites. E com
isso, permitem que os filhos se tornem os autoritários, os tiranos da
história", afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira
de Psicopedagogia (ABPp).
4.
Não faça todas as vontades de seu filho:
Se fazer respeitar também
significa mostrar para o filho que não são só as vontades dele que contam.
"Vemos pais que cedem a tudo que os filhos querem: se a família decide
sair para comer fora, a escolha do restaurante leva em conta só os desejos das
crianças. No carro, só se ouvem as músicas que as crianças ou adolescentes
desejam.
Crianças criadas assim
tendem a crescer acreditando que só elas têm direitos e estão no comando",
afirma Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp). Segundo ela, os pais devem compreender que dar tudo que a criança
deseja não os torna mais "legais" ou melhores pais.
5.
Seja firme até na hora da alimentação:
A cena é conhecida de muitas
mães: ela coloca o prato na mesa e o filho se recusa a comer, chorando,
esperneando ou até mostrando ânsia de vômito. A mãe, com receio que o filho
fique sem se alimentar, cede à pressão da criança e deixa que ele coma apenas o
que deseja. "Também nessas horas os pais devem fazer valer sua autoridade.
São os pais que sabem o que é melhor
para alimentação da criança e não a criança que deve decidir o que comer.
Não quis comer o almoço? Guarde o prato e diga que ela não comerá outra coisa
até o jantar. A criança vai ficar com fome? Vai. E da próxima vez não se
recusará a comer", diz a psicóloga clínica Rosana Augone.
6.
Não ceda ao choro, birras e manhas:
No Shopping Center, a
criança pede um brinquedo novo. Os pais dizem que "não". A criança
chora, se joga no chão, faz escândalo. "Está bem, pare com isso, vamos
comprar", dizem os pais, envergonhados do escândalo público. "Pior que dizer "não" é
voltar atrás e dizer "sim" para fazer com que o filho pare de chorar
ou de fazer escândalo. Quem faz isso está ensinando que vale a pena
fazer birra, chorar e gritar", diz a psicóloga clínica Rosana Augone.
No processo educativo os
pais vão se deparar com frequência com choro, birras, manhas e escândalos das
mais variadas naturezas. Nessas horas é
preciso manter a firmeza: "Alguns pais se sentem mal por dizer não
à criança quando ela quer alguma coisa. Mas saber dizer "não" é necessário. E mais necessário ainda é manter-se
firme em sua decisão", afirma ela.
7.
Seja persistente:
Para conquistar o respeito
de seu filho, é preciso ser persistente na tarefa de educar. "O que não
pode é um dia, em que se está disposto, cobrar que o filho faça o que lhe é
mandado e no outro, porque o pai está cansado ou não tem tempo, deixar para lá
as desobediências ou quebras de regras", diz Quezia Bombonatto, presidente
da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). "Você já falou mil
vezes e, ainda assim, todos os dias tem que mandar escovar os dentes? Sim, é seu papel repetir até a criança
aprender e incorporar essa tarefa em sua rotina".
8.
Saiba como estabelecer punições:
Seu filho não arrumou o
quarto como você pediu ou deixou de fazer o dever de casa? Estabeleça uma consequência,
de acordo com a idade da criança. Para os pequenos, não adianta ameaçar dizendo
que vai deixar um mês sem televisão se ele não arrumar a cama. "Para as
crianças menores, os castigos e punições têm que ser curtos e aplicados na
hora. No dia seguinte, ela já esqueceu o que se passou. E é preciso estabelecer
punições que possam ser cumpridas. Não
ameace aquilo que você não pode ou não vai fazer", orienta Quezia
Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
9.
Resolva conflitos longe da criança:
O pai diz que
"sim", mas a mãe acha que "não". Se o casal discorda sobre
o que fazer diante de um pedido do filho ou de uma regra da casa, conversem
reservadamente e longe da criança até chegar em um acordo. "O que não pode
acontecer é brigar na frente da criança e um desautorizar o outro", afirma
Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp). Se o filho pede algo e um dos pais não está presente, diga à criança
para esperar que os dois conversem e mais tarde dê a resposta à criança.
10.
Dê o exemplo:
Na sua casa criança não pode
falar palavrão? Tem que comer salada? Tem que ajudar nas tarefas do lar? Então
você precisa dar o exemplo, para mostrar a coerência entre o que você diz e o
que você faz. "Autoridade é
ensinar o filho a fazer não só o que você diz, mas o que você faz. Os pais são
os modelos das crianças", diz a psicóloga clínica Rosana Augone.
Fonte: Educar para crescer
Opinião do Blog: Ensinar o filho a orar quando for dormir e quando se acordar; agradecer a Deus pelo alimento antes de comer; pedir a benção do Pai, da mãe, dos avós e tios; fazer a leitura da Palavra de Deus (Bíblia) com eles; não permitir que tenham acesso a desenhos violentos e fora da faixa etária; assistir desenhos bíblicos, falando dos heróis da Bíblia e não de "heróis" do cinema; Ensiná-los a cultuar ao Deus Pai único e Verdadeiro.
Deus abençoe sua família.