Conflitos relacionais, agir na carne ou no Espírito?

Conflitos relacionais sempre surgem. A questão é a resposta que damos a eles. Agir na carne ou no Espírito?

Somos livres para fazermos o que achamos que devemos fazer, Deus nos deu esse arbítrio. Mas, tudo tem consequências. PODEMOS ESCOLHER O QUE PLANTAR, MAS A COLHEITA É OBRIGATÓRIA, E ELA SEMPRE SERÁ MAIOR QUE O PLANTIO, TANTO PARA O PLANTIO NATURAL - PLANTA-SE LIMÃO, COLHE-SE LIMÃO, QUANTO PARA O ESPIRITUAL - QUEM PLANTA VENTO, COLHE TEMPESTADE.

Em Deuteronômio 30:15-16 está escrito: 
“..Hoje coloco diante de vocês a vida e o bem, a morte e o mal. Se guardares o mandamento que hoje lhes ordeno, que amem o Senhor, seu Deus, andem nos seus caminhos e guardem os seus mandamentos, os seus estatutos e os seus juízos, então vocês viverão…”

A Palavra é clara: Escolher viver pelo Espírito, caminhando nos princípios estabelecidos por Deus, é VIDA e BEM. Escolher viver pela carne, caminhando pelo próprio entendimento, é MORTE.

Romanos 8:5-11 diz:
“Os que vivem segundo a carne se inclinam para as coisas da carne, mas os que vivem segundo o Espírito se inclinam para as coisas do Espírito. Pois a inclinação da carne é morte, mas a do Espírito é vida e paz. Porque a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vocês, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vocês, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o Espírito é vida, por causa da justiça. Se em vocês habita o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também o corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.”

Assim, devemos evitar conflitos, por mais que consideremos absurdo certos comportamentos ou, num determinado momento, palavras venham ferir nosso ego, nosso eu, nossa dignidade. 
Devemos agir em sabedoria cristã. Colocar em oração nossas aflições e pedir forças ao Senhor para superá-las. Quando agimos fora da condição espiritual(na carne), nos rebaixamos ao nível que o reino das trevas deseja! 

Se permanecermos em comunhão com Cristo (relacionamento vertical fluindo), Ele sempre nos concede forças, ou levanta alguém para, com base na Palavra, nos instruir em sabedoria. E, pela Graça, liberar perdão, tal qual Jesus liberou a todos os seus malfeitores, na cruz do calvário.

Fiquemos atentos, pois dando ouvidos a conselhos que não vêm da parte do Senhor - que não seguem a sabedoria bíblica - caminhamos para o abismo natural/espiritual, e agiremos sempre “na carne”.

Devemos colocar as situações absurdas  e injustiças que sofremos, em oração, diante do Senhor e pedir para que Ele faça Sua justiça, derrame da sua Misericórdia e Graça sobre nós e sobre nosso próximo. Não podemos fazer justiça por nós mesmos, sempre falharemos!

Não devemos nos colocar na condição de “normatizador/regulador” do que o outro quer ou não fazer, moldar o comportamento do outro. Colocamos sim, a nossa indignação, o que achamos absurdo, etc, em oração ao Senhor, pois é Ele nosso advogado fiel. Quando se tem um jugo desigual (cristão e não cristão) é mais complicado, por isso a Palavra nos ensina a não se pôr em jugo desigual com os descrentes (2 Coríntios 6:14-18).

Se bater boca resolvesse conflitos, os locais de confusão e brigas estariam todos em paz.

Contudo, se tentarmos impedir alguém que está obstinado a fazer algo que não queremos ou que não gostamos, só vamos piorar a situação. A pessoa “cega” pelos sentimentos carnais: rancor, mágoa, cobiça, desejos e intenções diversas, age por convicções carnais, não espirituais, e não vai nos ouvir, pelo contrário.

A esses, só podemos mostrar o melhor caminho - o de Cristo, VIDA e BEM - a decisão é pessoal. Não é nossa força ou imposição que vai fazer o outro mudar de ideia.
É importante lembrar, sempre, que as coisas que fazemos e as decisões que tomamos, nos posicionando como cristão, prestaremos contas a Deus (ninguém escapa aos olhos do Senhor. Ele tudo vê e tudo sabe. Ele conhece as intenções da mente e do coração). Nosso testemunho de vida é assistido pelo reino espiritual celestial, principados e potestades. Quando entramos em conflitos relacionais, a quem estamos glorificando com nossa boca e nossos atos?

Se achamos que num relacionamento está faltando respeito, admiração, cumplicidade, carinho, etc, coloquemos isso diante do Senhor em oração. Um tempo de oração, um tempo sozinho de reflexão, é melhor do que levar as coisas para um extremo sem volta (tipo, de sangue quente, falar ou fazer besteiras que nos arrependamos e não possamos consertá-las). 

Não podemos viver em conflito relacional constante, seja esse próximo quem for (cônjuge, filho, pai, irmão de sangue, vizinhos, irmãos da fé…), pois território de guerra não é terreno que Deus habita. Quando Ele entra numa guerra é pra vencer e destronar o inimigo! 

Relacionamento horizontal (com o próximo) trincado/quebrado ou sem funcionar, é relacionamento, primeiro desligado na vertical (com Deus). Por isso temos guerra e não paz! 

Situações desagradáveis é tudo que o inimigo sabe criar para tirar nossa paz. Mas, NADA, NADA acontece sem que Deus permita, seja porque estamos colhendo o que plantamos durante anos (e sem a direção do Espírito não plantamos coisas boas), seja por desobediência a princípios divinos. Ambos abrem brecha para atuação do inimigo. Deus permite, para que se cumpra a Sua Palavra e para provar a nossa fé. 

Se realmente estamos em Cristo, agimos no Espírito e não na carne.

A notícia boa é que, os que se firmam em Cristo, mesmo que o momento não pareça nada esperançoso, Deus traz o escape. Ele continua restaurando corações, vidas e famílias. 

Cabe a nós tomarmos decisões sensatas como cristãos que somos e, pela fé, buscar no Senhor a paz, para que nossa família, e geração futura, seja bênção e testemunhas do amor de Deus em nós e através de nós. Se seguirmos agindo na carne, sem direção do Espírito, a colheita será morte.

Quem tem entendimento, entenda! 

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