AMOR COMO DÁDIVA, NÃO COMO DEPENDÊNCIA

O amor é uma coisa maravilhosa, uma dádiva! E assim precisamos recebê-lo - como um presente!

"O amor é paciente e bondoso. O amor não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (1 Co 13:4-7).

A necessidade de uma pessoa se sentir amada não é salutar: se ficamos dependentes do amor de mãe, nos tornamos frágeis; se dependentes do amor de filhos, somos imaturos; se dependentes do amor de pai, ficamos instáveis; se dependentes do amor dos outros, nos tornamos carentes.

Nesse entendimento, devemos buscar a dependência plena no amor de Deus - Amor Ágape. É vivendo na mais completa dependência do amor de Deus - Amor Perfeito, que alcançamos a plenitude do nosso desenvolvimento pessoal. E, assim, transbordando nesse amor, somos gratos, generosos, e passamos a amar os outros sem criar dependência ou exigir algo em troca. Assim, quando a outra pessoa falha, e ela vai falhar em algum momento, não ficamos emocionalmente abalados.

SOBRE SER FALHO: Todos nós falhamos em nossos comportamentos e ações. Por esse motivo, não podemos exigir que o outro seja perfeito. Até mesmo pessoas ditas ou reconhecidas como sendo “do bem” ou “de Deus” falham. Nossos pais falham, nossos irmãos falham, a comunidade escolar falha, a igreja falha, o pastor e o bispo falham! Todos nós falhamos! 

Quando exigimos perfeição do outro para ser bom com ele, é porque estamos usando o erro dele para não agir com a bondade e a retidão devidas. Desta forma, agimos erradamente e não fazermos o que Jesus nos ensinou. Pelo contrário, exercemos o orgulho, ao invés da humildade. 

Por isso, não podemos ignorar, abandonar ou ficar chateados com alguém porque ele errou ou falhou conosco. No máximo, buscamos entender o que aconteceu e contornamos os fatos, seguindo a vida, sem mágoa ou rancor. Não é isso que Jesus ordena que façamos? Não pagar o mal com o mal, amar nossos inimigos, suportar uns aos outros, perdoarmos 70X7, oferecer a outra face...

É certo que, ao longo de nossa vida, já erramos ou falhamos com nós mesmos e com alguém próximo a nós. A questão é: quando erramos ou falhamos conosco, nós nos ignoramos ou nos abandonamos? Deixamos de tomar banho, de comer, de nos cuidar de uma forma geral, só porque erramos com nós mesmos? Claro que não! Da mesma forma, deveríamos proceder para com o próximo que errou ou falhou conosco. 

Se “amamos” e cuidamos do pet quando é arredio conosco, porque não cuidamos do próximo em seus erros e falhas? Se nossos pais erram ou falham conosco, continuemos a amar e cuidar deles. Se nosso cônjuge ou filhos erram ou falham conosco, continuemos a amar e cuidar deles. E assim seguimos com o irmão da igreja, com o vizinho, com o colega da escola, do trabalho. Continuemos servindo, amando e cuidando de cada um deles, mesmo que esse cuidado seja uma simples oração de intercessão.

Medite nisso. Deus o abençoe