Empresário baixou seu salário para dividi-lo com empregados
Dan
Price fundou a Gravity Payments aos 19 anos de idade, quando era estudante
universitário da Seattle Pacific University. E o empresário, de 30 anos,
garante que não precisa de US$ 1 milhão para viver.
Segundo
disse ao canal de TV americano ABC News, se ele ganhava tanto, era porque esse
era o salário de um presidente executivo, algo que Price agora considera
"uma loucura". E por isso, vai ajustar seu próprio salário ao mínimo
estabelecido para todos.
Price
reconhece que poderia levar uma vida de luxo, mas que ainda tem o mesmo carro
há mais de 12 anos: um Audi que conseguiu em troca da ajuda prestada a um
vendedor local de veículos com serviços da sua empresa.
Ele
acredita que "quanto mais se tem, mais complicada se torna sua vida",
e considerou que esses aumentos concedidos na sua empresa eram um
"imperativo moral".
O
primeiro salário que ofereceu era de US$ 24 mil (R$ 72,4 mil) e não incluía um
seguro de saúde. Desde então, garante, tratou de melhorar as condições de seus
empregados e finalmente a empresa alcançou um patamar de sucesso em que pode
fazer isso.
O
estudo feito na Universidade de Princeton em 2010 diz que, para serem felizes,
as pessoas deveriam ganhar entre US$ 70 mil e US$ 75 mil (R$ 211 mil a R$ 226
mil).
Para
quem ganha menos do que isso, há um impacto emocional grande, porque as pessoas
estão preocupadas em suprir suas necessidades.
Se
ganhar acima disso, o impacto é praticamente nulo, porque você pode até ter
acesso a um pouco mais de luxo, mas o importante é que o básico está coberto.
A
reação dos empregados com a atitude do patrão foi de emoção, surpresa e
felicidade. "Ouvi gente dizendo que agora podem ter filhos, que agora
podem mudar da casa de seus pais…agora podem morar perto do trabalho sem
precisar ficar uma hora dependendo de transporte público", contou ele em
uma entrevista à CNN Money. "Essa é a melhor maneira que encontrei de
gastar dinheiro na vida", concluiu.