“AMOR DE MÃE”

Por: Leonardo T. de Aquino e Benilde da S. T. Aquino.
Qual é a pessoa, se não uma mãe, para conseguir colocar um filho ao seu lado e, numa mente com o mínimo de pensamento cognitivo, passar horas lhe ensinado as primeiras linhas do alfabeto e os primeiros números. Mesmo descobrindo que, no final de todo seu esforço, muito pouco foi assimilado, ela não fica desiludida ou decepcionada, pelo contrário, consegue abrir um enorme, confiante e promissor sorriso, olha para ele com tenro amor e profere palavras abençoadoras. Novamente, com extrema paciência, muito embora bem cansada, recomeça todo o procedimento, até ver o seu bem precioso, traçando as primeiras linhas do alfabeto e acertando os primeiros cálculos.

Quem é a pessoa, se não uma mãe, para ensinar tudo a um filho, mesmo sabendo que, um dia, ele possa viver longe da sua presença, contrariando o seu próprio coração materno, que é o de querer manter os seus filhos de baixo de suas asas, pois ela sabe que vai encarar o maior drama da sua vida: a “síndrome do ninho vazio”.

Qual é a pessoa, se não uma mãe, que mesmo depois que seus filhos se tornam adultos, independentes e, até mesmo depois de casados, ao tomar conhecimento que estão com uma simples febre, não consegue fazer outra coisa senão se prostrar na presença de Deus, com horas de oração, pedindo providência divina por sua restauração. E, tendo a oportunidade, sai até mesmo da sua casa, largando todos os seus afazeres, vai cuidar pessoalmente do seu filho, pois somente confia em si mesma, para isso fazer. Seu instinto materno de proteção, fortemente ligado com a sua cria, faz com que saiba, exatamente, o que seu filho está enfrentando.

Qual é a pessoa, se não uma mãe, que mesmo o filho (a) adulto(a), pega o telefone para perguntar se está se alimentando direito ou se o seu cônjuge está cuidando bem da sua eterna criança. O amor de mãe é o único amor que bem exemplifica, na prática, os frutos do Espírito Santo (Gálatas 5:22). Deus, em todos os momentos que quis expressar o seu grande amor por nós, o fez usando analogia materna.

O amor de uma mãe só não é superado pelo o amor de Deus. Jesus, o Bom Pastor, quando quis falar do seu grande amor por nós, Ele usou analogia de uma galinha na função de mãe de pintinhos, pois somente esse amor poderia expressar, com precisão, o seu sentimento sobre o seu povo: “Quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes”! Mateus 23:37.

O amor de mãe é o que mais se assemelha ao amor de Cristo por nós, o amor ágape. Na prática, por seus filhos, toda mãe: tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. É um amor benigno e não é invejoso, mesmo quando entrega seu filho no altar do casamento.

Por amor, a mãe carrega um filho em seu ventre durante nove meses, na qual seu corpo vai sofrendo modificações a cada mês. Depois, suporta as dores do parto, o choro na maternidade, a sensação de amamentar, noites acordada, com um serzinho totalmente dependente dela. Ele ocupa seu tempo quase que 24hs e, porque não dizer, que essa mulher esquece de si mesma e se doa, isso sem falar que algumas renunciam seus projetos para acompanhar e participar da chegada, dos primeiros dentinhos, passinhos, da fase escolar, com as benditas reuniões do colégio. E nos esportes, lá está ela torcendo, muitas vezes, sacudindo até pompom, vendo o filho(a) ganhar ou perder. Ela sempre diz: “o que vale é competir! Vamos lá! Na próxima você vai se sair melhor”! E, ai de quem tocá-lo! Ela vira uma leoa, defendendo com unhas e dentes sua cria. Daí vem a fase do namoro e ela sempre preocupada, de olho nas escolhas, participando de tudo, dando “pitaco” na hora e, algumas vezes, fora de hora, mas tá valendo, criando formadores de opinião que, no fundo, ela sabe que aquele ser que ela tanto cuida e se preocupa, vai estudar fora e casar. Vai ter sua própria vida. Uffa! vamos pular essa parte, não é mesmo mãe?

Dia das mães são todos os dias!


Que Deus abençoe a todas. Amém.