RECADO DAS URNAS – UMA ANÁLISE FRIA DOS NÚMEROS
Por Ednaldo Henriques Duarte Não sei até quando o sistema político brasileiro resistirá e o TSE continuará a fechar os olhos para um crescente número de eleitores que, de forma direta, rejeita o atual modelo político. Percebe-se que, grande parte desses eleitores, são pessoas com certo nível de estudo, que entendem de política, conhece o jogo do poder, mas que optam por curtir o feriado com a família; ou, cumprindo a exigência do voto obrigatório, comparece, porém vota em branco ou nulo. São eleitores que dizem: “se um ou outro for eleito, não faz diferença”. Certamente não depende da política, da forma como ela vem sendo praticada. A cada nova eleição, grande parte da população – e esse número é crescente - faz uso dessa prática, ou seja, manda seu recado de forma direta. No segundo turno da eleição em Campina Grande, dos 280.207 eleitores aptos a votar, 60.214 ignoraram as propostas dos dois candidatos e aos apelos do TRE/TSE. Eles se abstiveram da votação, decidiram