Conheça as diferenças entre os principais processadores de celulares
Normalmente, quando uma empresa anuncia um novo
dispositivo móvel, ela resume um pouco as informações sobre o processador. Por
exemplo: o Galaxy Note 3 usa um chip Snapdragon 800, mas o que isso significa
de fato? O que é um "Snapdragon 800"?
Quando estes nomes como "Snapdragon 800",
"Tegra 4", "Exynos 5 Octa" e até mesmo o "A7" da
Apple são citados, a informação vai muito além do processador. Estes nomes
correspondem a "systems on a chip", também conhecidos pela sigla SoC,
que integram todos os componentes necessários para um computador em apenas um
chip, e isso inclui não apenas a CPU, mas também GPU.
Conheça um pouco mais sobre os principais chips do
mercado e algumas de suas principais características:
Qualcomm Snapdragon 600
O chip era o topo de linha da Qualcomm no início do
ano e foi usado em celulares como o Galaxy S4, que era o mais potente do
mercado no momento em que foi lançado. Usando o conjunto de instruções ARMv7, o
SoC inclui um processador Krait 300 de até quatro núcleos e uma GPU Adreno 320
a 400 MHz. Ele também utiliza a arquitetura de 32 bits e pode alcançar um clock
de até 1,9 GHz.
Ainda é um excelente chip, mas não faz mais frente
aos outros lançados por outras empresas e até mesmo pela Qualcomm, que já
lançou o Snapdragon 800, muito mais potente.
Aparelhos que usam: HTC One, LG Optimus G Pro,
Samsung Galaxy S4, Nexus 7 (2013).
Qualcomm Snapdragon 800
Sucessor do Snapdragon 600, melhorou o chip em
termos de processamento, mas foi realmente em âmbitos gráficos que houve
grandes melhorias. O SoC agora tem um processador Krait 400, que não é muito
diferente do 300, mas conta com um cache L2 mais rápido e maiores clocks, que
chegam até 2,3 GHz.
A GPU, no entanto, mostrou uma grande evolução com
a chegada do modelo Adreno 330, que funciona a 450 MHz e é capaz de gerar
resolução 4K, embora nenhum dispositivo ainda use esta tecnologia. Alguns
testes apontam que ele chega a cerca de 33% do desempenho do chip integrado
Intel HD 4000 dos processadores Core i5.
A tendência é que o chip se torne extremamente
comum nos aparelhos de alto desempenho. Ele já está sendo aplicado nos
celulares mais novos e deve se tornar padrão.
Aparelhos que usam: LG Nexus 5, Samsung Galaxy Note
3, Sony Xperia Z1 e Z Ultra, Lumia 1520
Apple A7
A nova geração de chips Apple trouxeram a novidade
da arquitetura de 64 bits, que embora ainda não seja indispensável, será em um
futuro próximo, quando a tecnologia móvel evoluir um pouco mais. O recurso
permite que processador e mória RAM conversem mais rápido, mas depende de
aplicativos otimizados para arquitetura para poder aproveitar isso em sua
totalidade.
Olhando apenas números, o A7 fica atrás dos
concorrentes, mas em desempenho real a diferença não é notável. O chip, que
utiliza o conjunto de instruções ARMv8-A e é otimizado para o sistema
operacional da Apple, o que possibilita a utilização do máximo de desempenho de
seus dois núcleos de processamento, com o clock que pode ser de até 1,4 GHz.
Um diferencial é o coprocessador M7, presente nos
novos aparelhos Apple, que aliviam o trabalho do processador com os sensores de
movimento, como o acelerômetro, para tentar reduzir o consumo de bateria.
Aparelhos que usam: iPhone 5s, iPad Air e iPad mini
com Tela Retina
Nvidia Tegra 4
Não é muito popular entre celulares, mas alguns
tablets e outros dispositivos já o utilizam e ele se mostra bem potente. O chip
usa o conjunto de instruções ARMv7 com processador de quatro núcleos Cortex
A-15 que alcança até 1,9 GHz.
Um diferencial é que ele possui um núcleo extra, de
baixo consumo, invisível ao sistema operacional, que executa algumas tarefas
secundárias para dar um “descanso” aos núcleos principais.
Ele também funciona com a arquitetura de 32 bits.
Sua GPU funciona a 672 MHz e é uma das mais poderosas do mercado, estando quase
no mesmo nível do Snapdragon 800, mesmo tendo sido lançado no início do ano.
Aparelhos que usam: Surface 2, Tegra Note 7, Nvidia
Shield
Samsung Exynos 5 Octa
A Samsung normalmente disponibiliza modelos
variados de seus aparelhos, com chips diferentes. O S4 tinha uma versão
octa-core, assim como o Galaxy Note 3 também tem, embora não tenha chegado ao
Brasil. Nestes casos, ela usa sua tecnologia proprietária, com o chip Exynos 5
Octa.
Ele, na verdade, possui dois conjuntos de quatro
núcleos: um dos grupos é ARM Cortex A-15, funcionando a até 1,9 GHz, enquanto o
outro grupo são ARM Cortex A-7, de até 1,3 GHz.
São chips diferentes usados no Note 3 e no S4, na
verdade. O utilizado no Galaxy S4 chegava a ser mais potente do que o
Snapdragon 600, mas tinha superaquecimento e consumo excessivo de bateria. Já
no caso do Note 3, ele é um pouco inferior à versão com Snapdragon 800, mas não
apresenta os mesmos problemas. O que eles têm em comum, no entanto é que nenhum
deles possui suporte à conectividade 4G.
Fonte: Olhar Digital
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