O que vale consertar no carro antes da venda?
Danos leves na carroceria do
carro e as revisões periódicas quase sempre são lembrados pelos proprietários
na hora de vender o carro. É quando fica a dúvida sobre se gastar dinheiro com
o reparo irá compensar pela valorização do veículo.
Para especialistas, a regra
geral é
consertar o veículo. De
preferência, assim que ele sofrer a avaria, para que os gastos de reparo
não acumulem na hora de deixar o veículo “redondo” para a venda.
“Quem compra o carro dá
muita atenção ao aspecto. Pelo cuidado que o proprietário teve com o visual do
carro, seja na parte externa como na interna, o comprador associa que a parte
mecânica também está bem cuidada”, observa o coordenador de atividades técnicas
do Senai, Mauro Alves dos Santos.
O que vale a pena mexer: Pneus,
amortecedores, pastilhas de freio e molas (se não fez revisão). Amassados e
riscos, troca de volante, tapetes e polimento da pintura.
O gerente de seminovos da
Fiat Paulitália Tatuapé, em São Paulo, Marcio Sciola, explica que o carro é
avaliado pela quilometragem e pela conservação. “Batidinhas e raspadas são
descontadas do valor”, observa Sciola, que destaca que o veículo naturalmente
será adquirido por um valor abaixo do apontado pela tabela Fipe. “O mercado se
baseia na Fipe, mas a gente trabalha com valores entre 10% e 15% abaixo para
uma troca”, diz. A redução é justificada, segundo ele, pelos gastos com a
preparação do carro dentro dos padrões de qualidade e garantia que as
concessionárias oferecem, além dos encargos com a documentação.
Por isso, o coordenador do
Senai recomenda que o dono do veículo tenha o hábito de fazer a manutenção
preventiva, tanto da parte estética do carro quanto da mecânica. “Aqueles
amassados leves, típicos de quem para em garagens apertadas, podem ser
resolvidos no martelinho de ouro”, aconselha.
Se a pintura é comprometida,
o trabalho deve ser feito com um profissional que garanta a mesma tonalidade da
pintura original, mas com as alterações feitas pelo tempo. “Quando o trabalho
não é bem feito, fica muito perceptível o retoque, especialmente nos carros
mais velhos”, observa Santos.
O gerente da Dinho
Multimarcas, em São Paulo, Alessandro Orlandin acredita que pequenos reparos na
lataria às vezes não precisam ser feitos antes de vender o veículo. Segundo
ele, se a pessoa levar o carro em qualquer lugar para pagar menos, a loja que
adquiriu o carro poderá ter trabalho dobrado para refazer o serviço mal feito.
“E refazer sempre fica pior”, observa. Por outro lado, se o dono levar em um
lugar bom, pode gastar mais do que se a loja arrumasse o carro. “Nesse caso, é
melhor vender do jeito que está”, observa.
Na parte interna do carro, a
dica é sempre manter os bancos limpos e os tapetes novos. No caso dos carros
mais velhos, o volante acaba se desgastando, o que também desvaloriza o
veículo. Nesse caso, o coordenador do Senai recomenda a troca do volante.
Fonte: G1