Dilma anuncia programa para vender livro popular a R$ 10
A presidente
Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (1º) a criação do Programa do Livro
Popular, na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro, no Rio de
Janeiro. O programa pretende fomentar a produção e a comercialização de livros
que custem R$10.
A ideia é
baratear e facilitar o acesso aos livros para formar mais leitores no país. O
preço de R$10 para o livro popular foi determinado a partir de estudos que
levaram em conta o impacto desse valor no orçamento familiar em diferentes
classes sociais, segundo estudos de consumo cultural feitos pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pela Associação Nacional de
Livrarias a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
Com
investimentos de R$36 milhões, as primeiras ações já começam a ser
implementadas na próxima semana pela Fundação Biblioteca Nacional, órgão do
MinC responsável por gerir o programa e a compra de livros para bibliotecas. O
primeiro edital irá convocar editores e autores a inscrever seus títulos no
Portal do Livro Popular. Em seguida, um segundo edital irá cadastrar livrarias,
bancas de jornal e outros pontos de venda interessados em vender livros mais
baratos.
Já as
bibliotecas comunitárias e públicas poderão se cadastrar no Sistema Nacional de
Bibliotecas Públicas para receber um cartão-livro com créditos que podem variar
de R$300 a R$15 mil para a compra livros. Através dessa medida, a Fundação
Biblioteca Nacional espera adquirir cerca de 5 milhões de livros para essas
bibliotecas ainda em 2011.
Leitura no Brasil
Existem
cerca de 95 milhões de leitores de livros no Brasil, de acordo com a pesquisa
Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro. No entanto, apenas 36
milhões de leitores compram livros. O estudo revelou ainda que outros 77
milhões de brasileiros ainda não tem o hábito de ler livros. Os índices de
leitura por brasileiro cresceram na última década, de 1,8 para 4,7 livros por
habitante ao ano. O que significa ainda um índice muito reduzido, mas a média
per capita se manteve no período em 1,1 exemplar por habitante ao ano.
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