AIDS NO MUNDO

 
Hoje, 1º de dezembro comemora-se o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. Uma data para enfatizar a importância da prevenção, não só do HIV, como também de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) entre homens e mulheres, de todas as faixas etárias. Dentre as doenças de contágio sexual, a AIDS é uma das mais preocupantes, porque ainda não tem cura, apesar da diminuição de sua incidência. Veja alguns eventos no Dia Mundial Contra a AIDS:


Fogos de artifício estouram atrás da Ópera de Sydney, pintada de vermelho por causa de campanha global por uma geração livre da Aids até 2015;
Ativistas de ONG acendem velas em ato do Dia Mundial de Luta Contra a Aids em Agartala, no nordeste da Índia;
Voluntários carregam fita vermelha de papelão com bonecos de camisinha em ato de conscientização sobre o vírus HIV em Siliguri, na Índia;
Artista indiano Basavarju S. Gowda mostra sua criação, com camisinhas infladas dentro de vidro, em Bangalore, para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no dia 1º de dezembro;
Enfermeiras formam fita-símbolo da luta contra a Aids em escola de medicina na China;
Estudantes apresentam fita vermelha gigante e fitinhas durante evento no sul da China, país que terá um total de 780 mil infectados até o fim deste ano, segundo a mídia estatal;
Voluntários no Nepal acendem velas na forma da fita-símbolo do combate à Aids; 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids;


AIDS NO BRASIL

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 608 mil pessoas com HIV estão registradas nos programas DST/Aids, 34 mil registrados só no ano passado.

No Rio de Janeiro, estão inscritas nos programas do governo 20.395 soropositivos. Deste total, 376 são crianças.

Durante três dias, a partir de amanhã, dez monumentos da cidade, como o Cristo Redentor e a sede da Câmara Municipal, serão iluminados de vermelho em alusão à cor da marca mundial que representa a luta contra a aids, o laço. Outros países, como Canadá, China, Irlanda e Estados Unidos também iluminarão monumentos.

"A ideia é dar visibilidade à causa," explicou o coordenador especial da Diversidade Sexual da prefeitura, Carlos Tufvesson, "para que as pessoas vejam os monumentos iluminados e lembrem que a cura da Aids não existe e a única forma de prevenção é o preservativo".
Ele lembrou da importância de se elaborar campanhas eficazes para o público jovem homossexual, grupo que registrou crescimento significativo de casos de aids, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2010.


NOTÍCIA BOA NAS ESTATÍSTICAS SOBRE A AIDS NO BRASIL

Segundo informações do Boletim Epidemiológico, divulgado em junho de 2011 pelo Ministério da Saúde, houve uma queda no índice de casos registrados de AIDS (condição em que a doença já se manifestou) na região sudeste do Brasil. Nos últimos 10 anos, a taxa de incidência reduziu de 24,5 para 17,6 casos por 100 mil habitantes.

A maior concentração de divulgação e acesso às informações para a prevenção da AIDS na região sudeste contribuíram para a diminuição do índice. “A conscientização, por meio de campanhas para evitar a AIDS, faz com que o indicador de notificações da doença diminua”, explica a professora Márcia de Sousa, docente do curso de Enfermagem do Complexo Educacional FMU.

Os casos de aids em menores de 5 anos de idade diminuíram 41,7% entre 1984 e 2009. No período, 13.036 crianças nessa faixa etária foram infectadas pela doença no país.

Os dados apontam que a taxa de mortalidade no grupo também teve queda, de cerca de 70%, passando de duas mortes para cada 100 mil habitantes, em 1997, para 0,6, em 2007.



A CURA DA AIDS?

Cientistas americanos descobriram que um composto sintético conhecido como PD 404,182 é capaz de 'dissolver' o vírus da aids, destruindo seu material genético. A pesquisa, liderada por Zhilei Chen, professora-assistente de engenharia química da Universidade Texas A&M, foi publicada no periódico Antimicrobial Agents and Chemotherapy.

A PD 404,182 "é uma pequena molécula viricida (que mata vírus)", diz Chen. "Quando o vírus HIV entra em contato com a substância, ele é 'quebrado' e perde seu material  genético, antes que possa injetá-lo em uma célula humana."

Uma das principais vantagens de destruir o material genético é que praticamente impossibilita que o vírus crie resistência contra o composto. Bem diferente dos antirretrovirais, que atuam sobre proteínas localizadas na ‘membrana’ do vírus. Alterando essas proteínas, os vírus ganham resistência aos medicamentos. "Acreditamos que esse composto atue sobre algo comum a todos os vírus e não apenas em suas proteínas", afirma Chen.


Embora essa não seja uma cura para a Aids, o PD 404.182 demonstra grande potencial para uso preventivo, especificamente na forma de gel de uso tópico, que poderia ser aplicado no canal vaginal, segundo a autora do estudo.