Programas de intercâmbio entram no radar de jovens das classes médias
A
possibilidade de fazer cursos no exterior começa a se tornar acessível para
jovens de famílias da Classe C.
São considerados da Classe C, de acordo com a definição da Fundação Getulio Vargas, as famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 5.174.
Os motivos que tem levado os jovens a aderir ao intercâmbio, vão do real valorizado às facilidades de parcelamento das despesas com passagens e estadia no exterior.
Segundo
Marcelo Neri, coordenador do Centro de Políticas Sociais da FGV, pesquisas
mostram que, quando a família sobe da classe D para a C, os gastos com turismo
triplicam, enquanto os com alimentação duplicam.
“Mudar de classe implica mudar
de aspirações. As pessoas da classe média usam o poder de compra para estudar
no exterior, e não trabalhar, porque veem a educação como mecanismo de ascensão
social.”
“A
classe C está sentindo uma necessidade de qualificação e tem acesso ao crédito
com muita facilidade. O programa de intercâmbio pode ser vendido em várias
vezes sem juros”, diz Marcelo Albuquerque, diretor da IE Intercâmbio.
Segundo Marcelo, quando a agência abriu as portas, há 14 anos, as classes A e B
representavam 80% do faturamento. Agora a liderança é da C, com 55%.
Fonte:
www.estadao.com.br