DICAS DE SAÚDE: Doença do Refluxo Gastroesofágico
Por: José Nonato Fernandes Spinelli, CRM 1791. O médico é especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é decorrente de alterações na barreira antirrefluxo cuja função é impedir ou dificultar o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago.
A DRGE tem uma incidência expressiva na população e atinge todas as faixas etárias. Ocorre devido ao retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. A pessoa acometida pela doença pode apresentar sintomas típicos: sensação de queimação retroesternal e regurgitação ácida; e manifestações atípicas: tosse seca, pigarro, rouquidão, sensação de engasgo ou sufocamento, ao despertar, e asma. Esta doença não deve ser confundida com gastrite ou dispepsia.
O diagnóstico da doença do refluxo fundamenta-se nos sintomas típicos e/ou atípicos referidos pelo paciente. A endoscopia digestiva alta visa à avaliação de possíveis lesões, bem como para afastar outras doenças que possam ser responsáveis pelos sintomas apresentados.
O tratamento pode ser clínico, o que envolve modificações comportamentais (elevar a cabeceira da cama, não tomar líquido nas refeições, evitar alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, menta e refrigerantes); e medicamentoso com a utilização de medicamentos específicos (omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, esomeprazol e rabeprazol), que visam diminuir a produção de ácido pelo estômago e que podem ser associados, quando necessários, a medicamentos que promovem um esvaziamento mais rápido do estômago e antiácidos para aliviar a sensação de “queimor”. Esses têm ação, apenas, no tratamento desses sintomas, mas não tratam a doença. Alguns pacientes com quadro clínico específico requerem tratamento cirúrgico para o controle mais adequado da doença.
O tratamento da DRGE promove o alívio dos sintomas, cicatrização das lesões, previne possíveis complicações e evita as recidivas. Fundamentalmente, melhorar a qualidade de vida do paciente portador de DRGE é o grande desafio! Disciplina e o uso adequado dos medicamentos definem o sucesso do tratamento.
Fonte: Unimed João Pessoa
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