SAÚDE
Doenças do inverno
Por: Sebastião Costa, pneumologista, CRM 1630
Chegam as chuvas e com elas vêm o frio e a umidade, que trazem os ácaros, os fungos (mofo), e as mudanças bruscas de temperatura que vão produzir as alergias respiratórias. As rinites e rinossinusites são mais frequentes e cursam com espirros, coriza, obstrução nasal e dor de cabeça. A asma brônquica, mais grave, aparece com tosse, expectoração, dispneia (cansaço) e chiado.
Mas o frio também obriga as pessoas a ficarem mais dentro de casa. Nesse período, elas se aglomeram, ficam mais juntas, favorecendo a transmissibilidade dos vírus, que ocorre através da tosse e espirros das pessoas infectadas.
Resumindo: maio, junho e julho são meses de muita tosse, secreção, coriza e cansaço. É de absoluta importância saber que esses quatro sintomas podem estar presentes tanto nas alergias como nas viroses respiratórias. E como distinguir? A febre é a fronteira que vai separar a gripe e o resfriado comum da rinite e da asma. Lembrando que a gripe sazonal, provocada pelo vírus Influenza, ao contrário do resfriado (dor de garganta, sintomas nasais, febrícula), pega pesado. São cinco dias de febre alta, dores musculares, fadiga, fastio intenso. Suas complicações costumam engrossar as estatísticas de mortalidade.
O quarto de dormir é o reduto dos alérgenos respiratórios: o fungo no guarda-roupa e ar-condicionado e o ácaro no colchão e travesseiro. Os dois adoram escuro e umidade. Manter a claridade e ventilação é uma atitude sensata que vai reduzir a multiplicação desses vilões do inverno.
O quarto de dormir é o reduto dos alérgenos respiratórios: o fungo no guarda-roupa e ar-condicionado e o ácaro no colchão e travesseiro. Os dois adoram escuro e umidade. Manter a claridade e ventilação é uma atitude sensata que vai reduzir a multiplicação desses vilões do inverno.
A vacina é eficaz e fundamental na prevenção da gripe. Por outro lado, evitar aglomerações e não mandar a criança com sintomas respiratórios à escola são ações que podem e devem interferir na proliferação das viroses.
Cuidando das alergias respiratórias no inverno!
Por: Roberto Lacerda, alergologista e imunologista, CRM 4246?
As crises de rinite alérgica e de asma no inverno são mais frequentes devido à maior concentração de ácaros e fungos e das mudanças bruscas de temperatura e viroses respiratórias (resfriado, gripe…). Os sintomas da rinite alérgica começam com espirros, coceira e entupimento nasal, aliados à sensação de que a pessoa está gripada ou com resfriado, seguidos de crise asmática com tosse, cansaço, chiado e aperto no peito.
Incomoda muito o paciente, mas, principalmente, os pais das crianças alérgicas portadoras de rinite, asma, hipertrofia de adenóide e amígdalas, doenças que causam sinusites, faringites, otites, amigdalites e piora da respiração bucal, com a famosa “tosse noturna”, que não deixa ninguém dormir. O problema também aumenta as crises do bebê chiador – na maioria das vezes, não é asma -, que tosse, cansa e chia o peito devido aos vírus respiratórios (rinovirus, influenza, adenovírus, parainflenza e vírus sincicial respiratório VSR).
Vamos tratar as crises alérgicas sem nos esquecermos de priorizar o tratamento preventivo das alergias respiratórias, para que o paciente alérgico passe o inverno sem ou com menor intensidade e frequência dos sintomas. Diagnosticar alergia corretamente é fundamental para ter o melhor tratamento.
E fique atento! Você sabia que: “um em cada 20 bebês tem alergia ao leite de vaca?”; “que a asma acomete 10% a 25% da população brasileira, sendo responsável, anualmente, por 400 mil internações hospitalares (DATASUS 2001) e 2.500 óbitos?”.
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