Outubro rosa e o
câncer de mama
O "Outubro Rosa” foi criado em 1997, nos Estados Unidos. No
Brasil, a primeira iniciativa aconteceu em 2002, quando o Obelisco do Ipiranga
(em São Paulo) foi iluminado de rosa. Assim vários monumentos recebem a
iluminação rosa, como a Ópera de Arame (PR) e o Memorial JK (DF). O movimento
simboliza a luta contra o câncer de mama.
A iniciativa mundial tem o objetivo de chamar a atenção das mulheres
para a importância de exames preventivos contra a doença. O câncer de mama é o
tipo mais comum da doença entre as mulheres. Só este ano já matou 122
paraibanas, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do
DataSus.
O câncer de mama
Por: Lúcia Sarmento O.
Figueiredo, mastologista, CRM 2774
O câncer de mama é uma doença multifatorial com diversos aspectos
clínicos, morfológicos, genéticos, comportamento biológico variável. O uso
crescente dos métodos de imagem, tipo mamografia, ultrassonografia mamária e
ressonância magnética das mamas, tem detectado cada vez mais lesões subclínicas
(não palpáveis), que requerem estudo histopatológico.
Recentemente, novos métodos foram incorporados à propedêutica invasiva
da mama, desde a Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), core biópsia
(biópsia com trocater), biópsia a vácuo (mamotomia), que nos permite um
diagnóstico precoce e um tratamento cirúrgico adequado, obedecendo às
características biológicas do tumor e os riscos inerentes a cada paciente.
Inúmeros fatores de prognóstico e preditivo e resposta terapêutica têm
sido pesquisados nos últimos anos, facilitando a escolha da melhor abordagem
terapêutica.
A tendência atual é usar, sempre que possível, a cirurgia conservadora
da mama, exploração da axila (linfonodo sentinela) seguida de radiação. Em
algumas situações, a mastectomia (retirada da mama) se faz necessária, quando o
câncer é localmente avançado, com vários focos, paciente que não tem condições
de realizar radioterapia ou desejo pessoal por uma cirurgia mais radical.
O que determina entre a cirurgia conservadora / mastectomia é o tamanho
do tumor / volume da mama. Portanto, o diagnóstico precoce é o que favorece
diminuir o número de mastectomias, a cirurgia tão temida por nossas pacientes.
A mastectomia, sempre que possível, deve ser seguida de reconstrução mamária.
Felizmente, o número de mastectomias vem diminuindo ao longo do tempo,
graças à conscientização das mulheres, que fazem exames periódicos, tendo
oportunidade de diagnóstico precoce, consequentemente ter a indicação de um
tratamento conservador, com menor morbidade e grande possibilidade de cura.
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